Antes de definir o racismo na sociedade vamos ressaltar o que é racismo propriamente dito. Racismo nada mais é do que a tendência do pensamento, ou o modo de pensar, em que se dá grande importância à noção de existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras, normalmente relacionando características físicas hereditárias a determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais. O racismo não é uma teoria cientifica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas (preconceito) que valorizam as diferenças biológicas entre os seres humanos, atribuindo superioridade a alguns de acordo com a matriz racial.
A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada para muitas vezes justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorrerarm durante toda a história da humanidade e ao complexo de inferioridade, se sentindo muitos povos, como inferiores aos europrus.
Preconceito racial determina desigualdade
Apesar de ainda bastante presente no debate sobre discriminação no Brasil, a tese de que o preconceito de classe é mais forte que o preconceito racial é desmentida por todos os principais estudos feitos sobre o tema nos últimos anos, mesmo quando usam metodologias diferentes. É o que aponta uma pesquisa divulgada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que analisou os trabalhos sobre relações sociais no Brasil publicados nas décadas de 1940 e 1950 e a partir do final da década de 1970.
Os estudos mais recentes “comprovaram que, ainda que se comparem brancos e negros de mesmo nível socioeconômico, persistem desigualdades entre eles inatribuíveis a outras fontes que não o racismo”, afirma o texto, intitulado A Mobilidade Social dos Negros Brasileiros, do consultor da Diretoria de Estudos Sociais do Ipea, Rafael Guerreiro Osório. O trabalho faz parte do projeto Combate ao Racismo e Superação das Desigualdades Sociais, apoiado pelo PNUD.
A série de trabalhos produzidos nas últimas décadas, afirma Osório, também demonstra que a desigualdade racial não pode ser atribuída apenas à herança da escravidão. “A ideologia racista inculcada nas pessoas e nas instituições leva à reprodução, na sucessão das gerações e ao longo do ciclo da vida individual, do confinamento dos negros aos escalões inferiores da estrutura social, por intermédio de discriminação de ordens distintas, explícitas, veladas ou institucionais, que são acumuladas em desvantagens”, acrescenta.
“Racismo Na Sociedade”
O racismo na sociedade brasileira tem causado sérios transtornos ao negro porque impede que eles participem da integração social; a manifestação desta aberração é sutil e disfarçada de tal modo que não se percebe sua manifestação. Há exclusão, descaso, e desvalorização desta parcela do povo brasileiro.
Em pleno início do terceiro milênio, ainda não se conseguiu superar o terrível mal da segregação racial; exclui-se o negro por qualquer motivo, considerando-no inferior, impedindo sua autoafirmação como individuo que pode contribuir para o crescimento do Brasil. Isto pode ser notado no elevado índice de analfabetismo, pobreza e marginalidade nesta classe.
É necessário que a sociedade encare o preconceito de frente, discutindo sobre o assunto claramente, sem evasivas, avaliando os transtornos; assumindo que o pratica e, se possível, combatê-lo e conscientizar-se de que a cor da pele não transforma o ser em mais ou menos superior que o outro.
Com todo o processo de segregação racial, podemos afirmar que o negro é uma raça forte, tanto no que se refere à força física, quanto à força psicológica, porque encara as adversidades com coragem; vai superando as barreiras e abrindo fronteiras para se firmar como ser capaz de modificar realidades desfavoráveis.