Sem convênio com a Prefeitura, mais de 90 cooperativas de materiais reciclados sobrevivem em meio às dificuldades na Capital.
"As despesas são bem grandes e nesta época do ano contamos com um agarvante: o preço do material reciclado cai", disse Maria Silva Santos, 48 anos, presidente da Coopamare, em Pinheiros. Com 25 cooperados, a entidade consegue reciclar entre 70 e 75 toneladas por mês.
Segundo Maria, 90% dos mteriais são reciclados. "Mas há muito material aqui que não conseguimos vender", disse ela. A organização encontrou apoio de uma entidade financeira.
Formada h´12 anos, a Cooperglicério, conta com o quadro de 46 catadores com renda mensal em torno de R$ 700. "Se tivéssemos convênio teríamos 150 cooperados e trabalharíamos em três turnos", afirmou Bispo.
Mulheres são maioria na categoria
Maioria entre catadores, as mulheres representam 65% da categoria, diz o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). Moradora de Itaquaquecetuba, há sete anos cooperada da Coopere, Josefa Costa, 57 anos, fez da oportunidade a fonte de renda.
"Tenho casa própria, o que ganho serve para custos com a alimentação, água, luz, e ajudo meu filho a criar meus netos", disse.
Após um ano e oito meses desempregada, Leia Duque, 32 anos, é recém-chegada à cooperativa.
"Comecei dias atrás, venho de Ferraz de vasconcelos. Quero aproveitar a chance de estudar, mudar de vida", disse.Grávida de cinco mwses e mãe de um menino 5 anos, Lucimara Ferreira, 35 anos, está há três anos na cooperativa. "Venho guardando dinheiro. Moro em área invadida, quero comprar a minha"
Verba existe, mas falta estrutura
Coleta seletiva cresceu 8 vezes em 8 anos
De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços, desde a implantação, em 2003, o Programa Socioambiental de Coleta Seletiva da Prefeitura aumentou o volume de material reciclável oito vezes. São coletadas por dia 230 toneladas de resíduos recicláveis.
"As despesas são bem grandes e nesta época do ano contamos com um agarvante: o preço do material reciclado cai", disse Maria Silva Santos, 48 anos, presidente da Coopamare, em Pinheiros. Com 25 cooperados, a entidade consegue reciclar entre 70 e 75 toneladas por mês.
Segundo Maria, 90% dos mteriais são reciclados. "Mas há muito material aqui que não conseguimos vender", disse ela. A organização encontrou apoio de uma entidade financeira.
"Temoa alguns equipamentos e dois caminhões para a coleta. A renda aqui está um pouco acima de um salário mínimo. O local algum tempo atrás tentaram nos tirar, conseguimos a documentação, mas não tem como conseguir seguro". afirmou.
Sendo Sérgio Bispo, presidente da Cooperglicério e membro da MNCR, despejadas recentemente das áreas de atuação, as cooperativas de materiais reciclávesi Coopersoma, na Barra Funda, e Sempre Verde, no Jabaquara, não tiveram a mesma sorte. "Essas cooperativas estão com seus cooperados na rua. Importante para a sociedade, cada catador gera dez postos de trabalho na indústria porque sai de suas mãos matéria-prima", disse.Formada h´12 anos, a Cooperglicério, conta com o quadro de 46 catadores com renda mensal em torno de R$ 700. "Se tivéssemos convênio teríamos 150 cooperados e trabalharíamos em três turnos", afirmou Bispo.
Mulheres são maioria na categoria
Maioria entre catadores, as mulheres representam 65% da categoria, diz o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR). Moradora de Itaquaquecetuba, há sete anos cooperada da Coopere, Josefa Costa, 57 anos, fez da oportunidade a fonte de renda.
"Tenho casa própria, o que ganho serve para custos com a alimentação, água, luz, e ajudo meu filho a criar meus netos", disse.
Após um ano e oito meses desempregada, Leia Duque, 32 anos, é recém-chegada à cooperativa.
"Comecei dias atrás, venho de Ferraz de vasconcelos. Quero aproveitar a chance de estudar, mudar de vida", disse.Grávida de cinco mwses e mãe de um menino 5 anos, Lucimara Ferreira, 35 anos, está há três anos na cooperativa. "Venho guardando dinheiro. Moro em área invadida, quero comprar a minha"
Verba existe, mas falta estrutura
Para Fabio Biolcati, diretor da Central da Reciclagem, a falta de estrutura e regularização impede cooperativas de avançarem. "O Governo Federal tem verba destinada para isso, mas há muitas cooperativas informais. Muitas sem regularização. Verba existe, mas falta estrutura para receber o recurso", disse.
Biolcati explica, ainda, que, em escala de produção, muito da matéria-prima reciclada acaba tendo o mesmo custo ou sendo mais cara, o que prejudica ainda mais a logística reversa do material reciclado.
Outra questão apontada envolve a responsabilidade social de cadeia de produção até o consumo. "A indústria e o varejo não recebem de volta o que vendem. Por mais que a Prefeitura faça, não dará conta de todo o lixo gerado na cidade. Essa cadeia da logística reversa precisa ser adotada pelas indústrias ainda passivas", disse.Coleta seletiva cresceu 8 vezes em 8 anos
De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços, desde a implantação, em 2003, o Programa Socioambiental de Coleta Seletiva da Prefeitura aumentou o volume de material reciclável oito vezes. São coletadas por dia 230 toneladas de resíduos recicláveis.
O programa atende atualmente 75 dos 96 distritos da Capital, 1,6 milhões de domicílios (mais de 50% nas periferias da cidade). Segundo a pasta, a administração municipal pretende ampliar o programa implantando cinco novas centrasis de triagem.
A pasta informou ainda que atualmente somente uma cooperativa conveniada será realocada em um novo espaço, a Cooperativa Nossos Valores que ficará em Santo Amaro, Zona Sul.
Quanto às cooperativas Soma e Sempre Verde, a pasta, por meio de comunicado, se limitou a dizer que "estas não são conveniadas à Prefeitura".
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