Há cerca de dezesseis anos, os telespectadores assistem atônitos a essa incessante batalha que gira em torno das duas maiores emissoras de tv atualmente: a Globo e a Record. E essa briga não vigora somente pelos números registrados no ibope, pois como sabemos, ela se estendeu desde o dia em que o então bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Sérgio von Helder, ganhou uma certa notoriedade e atraiu a antipatia por parte dos católicos por desferir chutes na imagem de “Nossa Senhora de Aparecida, no dia 12 de outubro de 1995, gerando assim, um ar de guerra santa. Esse episódio de intolerância religiosa levou a uma “guerra” declarada entre as duas emissoras. De um lado a Globo (católica) e de outro a Record (evangélica). A Record, busca atingir o status de primeira emissora, para isso investiu pesado, tanto em aparatos tecnológicos, como em uma reformulação na grade de programação. A Globo visando permanecer no topo, também se reveste à sua maneira contra as investidas da Record.
A Globo questiona, principalmente, o fato de a Record ter como principal financiadora a Igreja Universal do Reino De Deus, que arrecada dinheiro de fiéis sem pagar impostos. As denúncias se baseiam em investigações contra a Universal e seu criador, o bispo Edir Macedo. Vender a fé e um lugar no “paraíso” é o principal negócio da IURD. Há relatos de fiéis que se desfizeram de tudo o que tinham, depois de convencidos por pastores que prometiam o retorno em dobro. Essas ofertas maiores ocorrem em ventos da “fogueira santa de Israel”, onde se promete levar tudo o que for doado à terra santa para que Deus devolva tudo em dobro. Nos cultos, os pastores fazem de tudo para convencer os fiéis a fazer doações à igreja, além do pagamento do dízimo.
Do outro lado do muro, a Record se defende, fazendo “revelações bombásticas” contra a Globo, utilizando o programa “Repórter Record”, para atacar a rival.
Afinal, o que está por trás dessa contenda? Não creio que seja apenas a luta desenfreada pelo poder. Essa é uma batalha religiosa, embora eles se utilizem cada qual os meios de comunicação para atacarem uns aos outros. Até quando essa contenda durará? Quem sairá vencedor? Vencedor eu não sei, mas perdedor será o telespectador, que busca uma programação mais consistente e menos alienada.
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