quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Polêmica - Garota de Programa na Universidade

Ao folhearmos jornais e revistas, vemos estampados nos mesmos inúmeros anuncios de garotas de programas universitárias. Todas em busca de clientes mais requintados. São acompanhantes de luxo. Muitas chegam chegam a cobrar cerca de 500 euros por um programa. As profissionais do sexo matriculam-se nas universidades em busca de uma maior valorização profissional. Porém, não é nada fácil conciliar o emprego em questão com a Universidade, pois uma vez descoberta, a garota de programa passa a sofrer humilhações. Quando estudei em uma determinada Universidade de São Paulo, presenciei uma suposta aluna ser acusada de ser garota de programa. Ela obviamente sofria uma enorme discriminação por ser ou por parecer uma garota de programa. Criou-se uma certa saia justa entre ela e os demais alunos.Realmente uma garota de programa na universidade gera uma certa euforia ou fúria entre os alunos. Uns são contras (os defensores dos bons modos) e os que não fazem acepção de pessoas (para estes tanto faz a condição da aluna, se ela é ou não é profissional do sexo).
Elas estão em faculdades, restaurantes caros, passarelas, baladinhas e
festas da alta sociedade. Com calças Diesel, bolsas Louis Vuitton e sapatos Gucci, essas meninas de 20 e poucos anos circulam com homens casados, solteiros, executivos, príncipes, sheiks e, quem sabe, com aquele amigo seu – por até R$ 3 mil a hora. A reportagem da Tpm se infiltrou no mundinho VIP das garotas de programa de luxo de São Paulo – e revela que ele fica logo ali.
Andressa faz refeições de R$ 350, se hospeda nas suítes mais caras de São Paulo e ainda recebe em euro.Ela paga a faculdade com o que recebe de um cliente fixo.Pelo número que aparece no celular, Andressa* sabe que vai dormir fora de casa. Há um ano Nicolas* é seu cliente. Executivo italiano da indústria do petróleo, ele vem regularmente ao Brasil. Assim que desce do avião, telefona para Andressa e segue para o restaurante do hotel Fasano – um dos melhores do Brasil, onde um prato pode custar até R$ 350, um vinho pode chegar a R$ 40 mil e qualquer mulher é recebida por quatro funcionários diferentes, da entrada até a mesa.
De vestido Gucci (presente de Nicolas e um dos 80 que ela tem no armário) e bolsa Louis Vuitton, ela senta à mesa de frente para o “gringo”, que não pesa menos que 100 quilos. Ele segura sua mão, diz que está linda e pergunta o que quer beber. “Veuve Clicquot”, responde a garota de 25 anos, sem consultar o cardápio. Foi com ele que aprendeu que essa e Cristal são as melhores marcas de champanhe. O garçom serve a garrafa que custa R$ 406. Andressa não agradece. Abre o cardápio e seus olhos deslizam pela fileira dos preços. “Nem lembro o que comi da última vez. Escolho pelo mais caro, porque vendo que você é cara os
clientes dão presentes bons”, explica. O raciocínio vale também para roupas e carros: “São investimentos”, resume ela.
Andressa faz parte de um grupo de cerca de 300 garotas de programa que vivem em São Paulo, e engana-se quem pensa que elas se resumem a “modelos-manequins”. São  também estudantes de enfermagem e profissionais de marketing, entre outras ocupações. Passar uma hora com elas custa entre R$ 1 mil e R$ 3 mil. Mas com Nicolas, cliente fixo de Andressa, tem algumas diferenças. A primeira e mais importante é que ele paga em euro – e um valor acima da média: 1.500. Por esse preço, ela até topa passar a noite numa suíte cinco estrelas que pode custar até R$ 22 mil. Além de Nicolas, ela tem um cliente fixo de 60 anos – paga a
mensalidade da faculdade de enfermagem com parte dos R$ 10 mil que recebe para encontrá-lo cerca de três vezes por mês.
Essas meninas não estão em casas como o Café Photo, que nos anos 90 era referência em prostituição de luxo. Hoje, estima-se que as garotas que frequentam o lugar cobram entre R$ 300 e R$ 500 por programa e chegam a atender até três clientes na mesma noite. Moram em regiões de classe média e média baixa de São Paulo, como zonas leste e norte, e fazem mais o estilo “gostosonas” do que as garotas de programa de luxo. Já essas meninas são discretas. Têm silhueta de modelo e não se vestem com decotes extravagantes, saias curtas e barriga à mostra. Além disso, não mentem o nome nem negam beijo na boca aos clientes.

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