O que acontece com o nosso futebol pentacampeão brasileiro? Por que o futrbol brasileiro anda tão carente de ídolos atualmente? O que ocorre com os nossos ídolos? Seria o fim da odisséia futebolística no Brasil? Estas e outras perguntas parecem zunir sobre os meus ouvidos num martelar quase que constante. Ultimamente tenho notado que os clubes brasileiros de uma forma geral, tem esboçado perfis para garnjear "ídolos", mas não obtém êxitos convincentes em suas ações. Numa velocidade quase que frenética, surgem inúmeros "craques relâmpagos" no "País do Penta", porém, na mesma velocidade criam-se "vilões". O ídolo de hoje poderá ser o vilão de amanhã. Uma bola mal encaixada, uma bola mal passada e lá se vai o ídolo para a galeria dos vilões. Que o diga heróis incontestáveis nos patamares de Rogério Ceni, do São Paulo e Marcos ,do Palmeiras. Fábio Costa é, um caso à parte, deixou de ser unanimidade no atual elenco do Santos. Num passado não tão distante, ele fora um dos maiores goleiros do time santista. De grande goleiro a um jogador manchado com o passado envolvendo brigas e desafelividades políticas essa é a nova imagem de Fábio Costa.
Por questões de marketing, razões culturais e até emocionais, interesses individuais ou mera politicagem, temos observado a busca incassável da mídia em inventar ídolos aos borbotões. Ao final de umas duas ou três rodadas, um torcedor mais exigente e com muito mais bagagem irá saber diferenciar os craque do cabeças-de-bagre e jogadores brucutus. A mídia tem o poder de criar ídolos da noite para o dia; e possui ainda poder de sobra para "matar e enterrar" os ídolos agora despidos da couraça de herói. Atualmente, a carapuça de ídolo serve para premiar determinado jogador que se identifique com a história do clube ao qual ele defende. Porém, temos que evidenciar que esta identificação "ídolo-clube-torcida" é apenas temporária uma vez que este jogagor não se comprometa com as expectativas do clube e da torcida em torno do mesmo. Como temos observado a longo prazo, o futebol tornou-se em um grande balcão de negócios. Temos visto que o jogador que está beijando um escudo hoje, poderá beijar o escudo do maior rival amanhã. Deixa de ser ídolo para se tornar vilão. Deixa de ser vilão para se firmar como ídolo de um outro clube. Comparando com os ídolos de uma outra geração, afirmo que os ídolos da atual geração passa a ser descaetáveis mediante ao caráter dúbio de certos jogadores em relação a um clube e outro. Estamos transformando nossos "heróis" em vilões. Quando digo estamos estou me referindo a nós torcedores, a mídia como um todo, aos empresários e dirigentes de futebol.
Como podemos explicar o fato de um ídolo nacional ser execrado pela opinião pública em um determinado momento, e voltar a ser endeusado dias depois? Isto ocorre devido a conduta passional do torcedor brasileiro, as representações que nosso povo faz de seus ídolos e a curta memória nacional. O torcedor brasileiro é antes de tudo um apaixonado, que partindo dessa condição não contempla os fatos pela lente da razão. Dessa forma, jogadores como Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká, entre outros, vivem o dilema entre céu e inferno da noite para o dia, ou em questões de minuto. Em determinados jogos são heróis. Em uma outra rodada ou em um certo lance são considerados como vilões. Foi exatamente isso o que aconteceu com o volante Felipe Melo na Copa de 2010 no jogo contra a Holanda válido pelas quartas-de-final da Copa. Embora Felipe Melo tenha feito um bom primeiro tempo dando passe para o gol de Robinho, logo depois fez um péssimo e desastroso segundo tempo, fazendo gol contra e perdendo a cabeça ao dar um pisão no jogador Robben da seleção holandesa. O jogador foi do céu ao inferno em fração de segundos.
Esse fenômeno atingiu de cheio o jogador Ronaldo. O que dizer da manchete estampada no jornal Lance de sábado (20/01?2011), onde dizia: Fenômeno Eliminado? A manchete evidenciava o fraco desempenho de Ronaldo frente ao Tolima, da Colômbia, em partida válida pela fase da Pré-Libertadores. O que vimos foi um Ronaldo bem acima do peso. O Fenômeno já não é mais unanimidade do elenco corintiano. A torcida por sua vez pede a sua saída. Anos atrás, mais precisamente em 2009, Ronaldo era tido como ídolo. Hoje Ronaldo é considerado o vilão. Assim como Ronaldo, outros ídolos também foram execrados pela torcida. Ídolos do porte de Rivelino, em 1974. Edilson em 2000. E Carlitos Tevesz em 2003. Grandes ídolos e grandes vilões ao mesmo tempo.
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