Segundo o Dicionário Aurélio, a palavra crente significa aquele que crê em algo ou em alguma coisa. Indo por esta linha de raciocínio, poderemos afirmar que todas as pessoas são crentes; pois, todos nós possuímos nossas crenças. Acreditamos que poderemos ser felizes plenamente: adquirindo aquele carrão de nossos sonhos ou comprando aquela cobertura caríssima na praia do Leblon. Mas não é dessa crença a que me refiro. Falo da crença em Deus. Acreditando nos mandamentos que Ele nos ensina. Ser crente é estender as mãos para aqueles que realmente precisam de ânimo e de coragem. Ser crente é dar conselhos sem precisar humilhar e nem machucar as pessoas.
Crentinho é aquele que muitos consideram um fraco, ser de pouca fé (menos crente), um ser lascivo e descrente. Pessoa que não anda segundo os ensinamentos que são apregoados pelos líderes das igrejas.
Já o crentão, como o aumentativo já diz, é aquele "super-crente". A melhor bolacha do pacote. A Coca Cola mais gelada do deserto. Sendo redundante, o "mais certo", o "mais isso", o "mais aquilo", o "mais tudo", o "mais santo", o "mais amado por Deus". Crentão é aquele que sai de portão em portão falando mal da vida alheia. Reparando nas ventimentas das pessoas e no modo de agir dos seus semelhantes.
Quem erra mais, o crentinho que anda errando, ou o crentão que vive falando dos erros dos demais? Aquele que erra e volta arrependido ou aquele que te apedreja e te joga pra fora da igreja? Essa é uma pergunta para fazermos uma mera reflexão.
Quem somos nós pra dizer que somos mais crentes que nossos irmãos, que somos mais santos, pois Santo três vezes Santo é só Deus. Nós somos seres errantes. Não existe ninguém perfeito. E tem mais, quando chegarmos à imagem de cidadão perfeito, Deus virá nos recolher para não nos contaminarmos mais com o erro.
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