domingo, 15 de janeiro de 2012

"Preto Não Gosta de Preto"

A semana começou “bem” pra mim. Logo as seis da matina um grupo de pelo menos seis ou oito pais (juntamente com seus filhos) se aglomeraram na frente da guarita. Esses pais esperavam uma médica para realizar exames médicos para que seus filhos pudessem praticar atividades físicas no clube onde eu exerço a profissão de segurança patrimonial. Organizei uma fila na frente do portão como é de praxe e pedi que eles esperassem a abertura do recinto. Feito isso retornei para a guarita para dar continuidade em meu serviço. Até aí tudo parecia correr bem.
Mas decorridos alguns minutos, um senhor estacionou seu carro defronte ao recinto e insistia em entrar no recinto de qualquer jeito. Educadamente, falei a ele que ele não podia entrar desacompanhado (sozinho), pois eu me encontrava sozinho, pois o outro segurança tinha se retirado do local. Ele iria pegar uma reciclagem na parte superior da associação e, portanto, não poderia se dirigir até lá desacompanhado da segurança ou de algum responsável pelo setor. Nesta hora do dia, não há nenhuma pessoa responsável pela empresa, a não ser a segurança que não pode dar aval algum em relação à entrada e saída de materiais de qualquer espécie. Tratei-o com a mesma educação destinada as demais pessoas. Mas ele, descontente com a minha abordagem, proferiu a seguinte frase: “É sempre assim. Preto não gosta de preto”. Essa foi de amargar.
Ora eu só cumpro ordens. Se não pode entrar ninguém fora do horário não vai entrar. Infelizmente, tem pessoas que não sabem respeitar leis. Por outro lado, tem funcionários que dão um “jeitinho” de contornar situações como essa. Eu não, eu sou cumpridor das minhas obrigações. Se pode, pode. Se não pode, sem chance. E outra, eu não sou racista, não faço por onde desmerecer aos meus “iguais”. Tem negros que fazem por onde desmerecer a própria raça. Temos que nos mostrar superiores. E para por um ponto final nesse assunto. Eu não gosto de preto, gosto é de preta.

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