Ás vezes algumas palavras são escritas erradas de modo proposital. Em alguns casos, o autor pode estar se utilizando da neologia, ou seja, da criação de novas palavras ou novas expressões que, obviamente não existem no vocabulário formal. Basta observarmos os diálogos existentes em redes sociais como o Orkut e o Twitter ou em mecanismos de mensagens instantâneas como o MSN, por exemplo, para encontrarmos inúmeras palavras modificadas ou abreviadas. O problema é que, a internet auxilia de modo negativo a expansão do conhecimento. Verificamos que, com a explosão de informações e mensageiros instantâneos é forçada uma leitura e uma escrita veloz, por essa e outras surgem abreviações, mudanças e linguagens que confundem a mente de pessoas menos esclarecidas e com pouco conteúdo sócio-cultural.
De certa forma, errar faz sim parte do processo de aprendizagem, porém, não podemos simplesmente nos acomodar com os nossos erros e sim procurarmos buscar gradativamente uma evolução, sem se preocupar com o imediatismo, mas sempre visando uma progressão sócio-cultural. É deprimente notarmos que, até mesmo nas universidades são encontrados inúmeros universitários escrevendo errado. Esse quadro de desvio das normas gramaticais é notado em muitas instituições do ensino superior, principalmente em zonas periféricas, onde o ensino geralmente é muito precário e defasado.A mídia também desenvolve uma grande parcela no processo que determina a desestruturação dos aspectos sócio-culturais. Atualmente, com freqüência, é possível notarmos nos veículos de comunicação, mecanismos que visam o entretenimento do público-alvo se utilizando de diversos segmentos para obter a elaboração de inúmeros quadros de humor. Na televisão podemos citar o Programa Zorra Total da Globo, com o quadro da Lady Kate, interpretada pela atriz e comediante Katiuscia Canoro. Já no rádio, por exemplo, podemos mencionar o Programa Galera Gol, dos humoristas Alexandre Porpetone, Renato Tortorelli e Gavião. Nesses casos, observamos que tanto na televisão quanto na rádio, os humoristas abusam dos erros gramaticais. Tudo isso é feito para poder propiciar o entretenimento das pessoas; o problema é que, crianças, jovens e adultos com pouco conteúdo de alfabetização, assimilam esses “erros” e passam a utilizá-los no cotidiano, alastrando assim, os altos índices das taxas de analfabetismo de uma sociedade.
Verificamos também, que hoje, a televisão, é um emaranhado de "modeletes" e de "bundudas" apadrinhadas para exercer funções em determinadas emissoras. O resultado é sempre o mesmo, o meio televisivo abarrotado de apresentadoras sem prepara cultural e filosófico para apresentar os respectivos programas. É por essas e outras que, a cada dia que passa, surgem "Lucianas Gimenez" e "Carlas Perez" aos montes escrevendo infelizmente com (s) e pronunciando letra "i" de "iscola". Escola e boas leituras sempre serão fundamentais, para mudarmos essa trágica realidade.